O Brasil comemora seus 188 anos de Independência no dia de 7 de Setembro, com honras militares, desfiles e festividades ,que são aplaudidas pelo povo que assiste.
Minha iniciação nas honras destas festividades foi nos remotos tempos de colégio interno, quando saímos nestes desfiles em bandas ou marchando, sem alcançar a perfeição, mesmo depois de longos treino. Fiz o serviço militar aos meus 18 anos . Foi a maior iniciativa da minha vida.
Escolhi o exercito para fazer esta incorporação. Nas etapas de seleção (haviam poucas vagas) fui aprovado a cada passo e em uma delas, fui questionado se queria ser desclassificado e ficar livre desta obrigação... resposta pronta, NÃO! Cumprir a minha obrigação militar, era ponto importante na minha vida... e assim fui...
Batalhão Pirajá - 19º Batalhão dos Caçadores, em Narandiba, bairro de Salvador-Ba. Me apresentei no ano de 1963 e finalizei meu compromisso após nove meses e dez dias de atividades.
Dei meu expediente na QMC 55 - Transporte e QMP - Motorista, saindo ao término da minha obrigação, e após término do curso que lá fiz, saí com a patente de Cabo.
O reservista tem o dia de 16 de Dezembro como comemorativo da classe, e na época, devíamos nos apresentar ao quartel anualmente para o registro de comparecimento. Uma obrigação... cumprida.
O serviço militar considero uma verdadeira escola de educação: Moral, Cívica, Física, Saúde/Higiene, Disciplina e Profissional.
Os preparativos para a festa começavam bem antes com as tarefas de pintura dos capacetes, limpeza das viaturas, com substituição dos emblemas já desgastados pelo trabalho diário, revisão do armamento e preparação da nossa farda de desfile.
No Campo Grande, ponto de referência do desfile, lá estávamos a postos para cumprir a tarefa, no chão, marchando ou nas viaturas. Pronto, ao som dos tambores e trompetes, iamos felizes com os aplausos da população, que junto ao passeio se agrupava para assistir o desfile da tropa e dos armamentos. Até hoje é assim...
No decorrer da minha vida militar, a rotina era bem diversa. Ao acordar às 4:30 da manhã vestíamos rápido a nossa farda, previamente passada, não esquecendo o quepe (morava em uma pensão na Av. Sete de Setembro)... Seguia daí andando para a baixa dos sapateiros, onde pegava o 1º ônibus para o quartel... o segundo sempre vinha bastante cheio e se perdê-lo era certo chegar atrasado, como conseqüência teria que correr em volta da pracinha... quantas voltas o oficial do dia determinasse. Eu, nesse tempo todo só tive um dia de pena, as voltas que dei, bem, não me lembro quantas....
A Educação física era o ponto diário da preparação do homem para a luta, para a guerra. As outras atividades consistiam de aulas com o armamento, limpeza, manejo e tiro ao alvo. Nesta última fui especialista.
Posteriormente fui para o Quartel da ponta do Humaitá, onde participei do curso para a graduação de cabo. Nesta ocasião ia de vez em quando a casa de tia Rosa, irmã de minha mãe, que morava ali perto no largo de Roma. Ia para pegar um almoço esperto.
A alegria de tia Rosa era visível no seu sorriso, o que agradeço a Deus esta oportunidade de estar perto desta familia que muito a quero.
Participei de uma guarda a "Bandeira"... Isso enquanto a companhia cantava o "Hino Nacional"
Viva nossa pátria!!!
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