29 de agosto de 2010 | By: Fidelis di Luigi

Minha viagem ao Equador


Eu, trabalhando na Construtora Norberto Odebrecht na área de manutenção, surpreso fiquei quando certo dia meu gerente chamou-me e autorizou a minha ida para o Equador, obra em Guayaquil, cidade praiana, a beira do Oceano Pacifico.

Assim, em 06 de Agosto de 1988, estava chegando a minha nova obra. Projeto constituído de túnel com captação do rio para ligar a barragem em construção, que por sua vez, faria a irrigação de vasta área árida para o cultivo e produção de alimentos. Para esta obra foram 50 familia brasileiras.

Ao chegarmos, eu, Conceição  e minhas filhas, Luciana, Cláudia e Bárbara, fomos recebidos por amigos que lá já estavam e os  administradores da área. Na ocasião recebemos um carro (da familia) para os deslocamentos na cidade e passeios. D. Conceição adorou !!

Nos hospedamos no hotel "Bamba" da cidade, até a arrumação final da turma como  o colégio, casa, banco etc.. e assim .. fui para o trampo... feliz.

No trabalho, cumprimos nossas obrigações, como deve ser. O bom também foi o relacionamento de Brasileiros e Equatorianos.

O Eng. Picos, jovem equatoriano, acompanhou-me, absorvendo novas técnicas na manutenção e no relacionamento com os clientes. Entre estes clientes e fornecedores estavam a IASA , que eram representante Caterpillar na região

A convite desta empresa fomos - eu, eng. José Humberto (saudoso) e o funcionário da Iasa , sr. Vintemilha - aos EUA... Fomos visitar as fábricas e escritórios da Caterpillar. Passamos por Miami e Peoria. Grande empresa!!

Eu no monte Timborazo
Nos finais de semana e feriados era de obrigação sairmos em caravana para passeios diversos, ora na praia, onde iamos numa pequena viajem a barraca do Chileno, sempre com atenção especial para nós brasileiros... melhor camarão, cerveja a vontade e muito forró ... banho... só de chuveiro, água muito friaaaaaaaaa.   

Ora, indo para as Cordilheiras dos Andes, estrada sinuosa onde situa-se a Capital do equador, Quito, 2.820 mts. de altitude, linda cidade, com área remanescentes dos colonizadores Espanhóis.

Conceição no Monte Timborazo
No dorso da cordilheira passa a estrada transandina com cidades e mais cidades interessantes, vulcões, desfiladeiros, costumes andinos, com festas alegres e muito frio....

Um destes passeios especiais fomos ao maior monte gelado do Equador , El Timborazo.  Foi dia de festa, subimos devagar, tomando chocolate para evitar tonturas... Bárbara não aguentou, ficou no 1º estágio com as atenções da equipe medica militar. Fomos avante para o 2º estágio e ficamos alí. Havia um 3º estágio que não aventuramos. Altitude não é brincadeira!
Quando na minha volta ao Brasil, dei nome ao meu cachorro, um dinamarquês arlequim, de "El Timborazo"... chamávamos carinhosamente de "Tibo"

Ponto triste, foi quando recebi a noticia que papai estava muito doente. Fui autorizado a voltar ao Brasil. Essa viagem foi feita pelo Peru, sobre-voando a cordilheira  durante o dia.   Com as atenções dedicadas, não foi a hora de papai. o coração já dava sinais de fragilidade...

Quanto aos estudos das filhas, estava eu despreocupação, pois a empresa dispunha de um colégio, mineiro, voltado para o ensino também no exterior, o "Pitágoras".

Uma atividade interessante foi quando o colégio promoveu uma gincana dos estudantes, para cumprir tarefas especificas sorteadas. ... Moço !!!!  Nas ruas só vimos carros de brasileiros com mães prá lá e prá cá cumprindo as tarefas dos filhos.... Ô animação!!

Como nos atualizávamos com as notícias e saudades do Brasil?  Bem, nossa gerencia montou um estúdio com parabólica, gravavam diversos programas das tvs brasileiras, e depois eram emprestadas as familias para o lazer em casa.

Um amigo especial, paulista, que conheci ainda na Paraíba, estava  lá também a serviço, o Alcir Guimarães e Ivone Guimarães, que tornaram-se meu compadre e comadre após batizado se seu filho,  hoje meu afilhado, o Gabriel.

Um divertimento constante da turma, para manter o físico também, era a reunião na pracinha para a prática do esporte. O volei era o preferido e muito concorrido.

Os brasileiros tinham o acesso ao clube social esportivo da cidade com grande piscina, tobogã, tênis, sauna, squach e cerveja.

Na cidade no hotel cassino tinha presença constante de brasileiros,  na rua Bahia, onde se vendia de tudo importado... festa pura!!! O boliche, hípica e o clube da escola  eram atividades constantes dos jovens brasileiros.

Ficaram as lembranças e os amigos que perduram e aqui quero deixar um abraço a eles...

Anita Chamorro/ Fromega
Alcir Guimarães e Ivone
Irizon , Fischer , Geraldo , Saudoso José Humberto e Luiz.

Obrigado amigos pelo seu carinho e atenção.

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