6 de fevereiro de 2013 | By: Fidelis di Luigi

F-100









                                          F -  100









 
Certa vez, conversando com meu irmão, Fernando Sarno, ele me sugeriu que poderia escrever um artigo sobre a Caminhonete F-100, que atendia a firma V. Sarno Irmãos e Cia, da qual papai fazia parte com o Irmão e a F-100 ficava sob sua responsabilidade.
Luigi Sarno no comando da F-100
Meu pai, Luigi Sarno era o responsável pelas fazendas e pelo armazém com tio Emilio. Neste comercio predominava a compra e venda de cereais tendo como carro chefe, o café.
Uma boa estrutura ditava a preferência dos compradores e vendedores que sabiam da política de preços justos e esta confiabilidade, fazia da empresa uma das maiores de Poções, BA.

Ainda com papai no comando , um passeio da pesada : Gesi,Tio Lilico,Marlene,Cece,Lucia,Railda e sr Marcio
As fazendas tinham uma produção diversificada, na de Poções o gado e café estava na frente e na de Iguai BA, o Cacau predominava, com capim para atender o gado na seca, vindo da fazenda de |Poções. “Caititu” e “Riachão“eram os nomes respectivos.
Na minha juventude lembro vagamente da viagem de papai para Minas Gerais com tio Erico, irmão de mamãe, para comprar a caminhonete F-100. Tio Erico era o responsável para dirigir.
Passeio com as Mascarenhas, Paradelas e J. fidelis.
Tempos depois em minhas férias na casa de Poções (estudávamos em SSA) gostava de acompanhar as saídas de papai para aprender a dirigir, inicialmente em um Jipe, não sei de quem! E lá ia eu na ponga , no banco de traz para apreciar todo os movimentos. Fiquei assim gostando do que via e passei a acompanhar tudo referente ao carro. Tio Erico continuou na resposa da condução e “manutenção” da F- 100. Eu do lado... Aprendi muito!!
O carro era tratado com mimo... . Uma super máquina americana 1954, Ford F- 100 capacidade para 1000 Kg com motor Ford V- 8 ... Cavalos à vontade. Ainda tinha rodas com faixa branca nos pneus, escadinha na lateral LD para subirem sem estragar a pintura.
Eu não perdia a oportunidade para dirigir outros carros, ora uma caminhonete que chegou com geólogos a serviço, uma Kombi, um jeep e... assim fui aprendendo até chegar aos meus 18 anos... Idade para tirar a carta de habilitação.
Lembro que papai me chamou e disse:
-Vamos ali...
Fui com ele na F-100 em direção ao campo de aviação (local ideal para aprender a dirigir). Lá ele me deu o volante e disse:
-Aqui é o freio, a embreagem, o acelerador, marchas aqui etc.
- Pai, já sei dirigir!!! – Respondi todo entusiasmado.
Liguei o carro e saí dirigindo passando todas as marchas e controlando a aceleração para ele não tomar susto!
Na Pensão de Bequinho. Eu, Gilson e Toninho Fagundes.
De volta para Salvador, pois eu já morava na pensão de “Bequinho e D. Lurdes”, pais de Antº Fagundes e Valderez, nossos amigos, com morada na Av. Sete de setembro (Mercês), ponto central da cidade e perto do jardim da Piedade. Ficava perto da Secretaria de Segurança Publica, e o DETRAN era adjunto.
Bequinho possuía um jeep Willis 4 portas que utilizei para fazer minha prova de rua para tirar a minha 1ª carteira de habilitação para veículos, registro que foi em 02.08.1962.
Na fazenda . Uma foto das antigas. Tio Erico em pé. vamos ver se conhecemos os outros?
No Açude. Tia Jolanda,Aurora,Ivaneide,Nunzia,Mamãe \Railda e...
Assim habilitado, pude usufruir da confiança de papai e quando em Poções, o ajudava na condução da F-100 para ir a fazenda pegar o café lá produzido. Em Poções, distribuía o café para as catadoras, que retiravam os grãos estragados. Frequentemente ia a Conquista com papai ou tio Corinto para levar ou trazer material para o Armazém ou para a loja. Também cuidava da manutenção, lavagem e acompanhando os grandes reparos em Feira de Santana ou Jequié.
Djalma, Vovô Aristildes.Kilme Lopes, e Eu. No açude.
Lembro que certa feita as chuvas caíram acima do limite e nosso açude começou a vazar, com suspeita de estourar. Como o Rio são José passava e ainda passa ali atrás do armazém e praticamente na praça principal do comércio, havia probabilidades de invadir a loja. Assim fui com a F100 para remover os tecidos e outros materiais para a casa de tio Corinto que morava na Rua da Itália, local mais alto e protegido.
Na fazenda de Tio vicente Orrico. Zulmirando Mesquita. Ao fundo , olhe a F-100 lá.
Fernando, Eu e Miguel
Ainda usufruía da poderosa máquina para efetuar passeios, saindo do paradeiro da cidade... A ordem era movimentar e mostrar os lugares“turísticos” para pessoas da família que nos visitavam. Morrinhos, a 6 Km da cidade tem a represa que abastece de água potável a cidade, Ali mesmo tinha a fazenda do Tio Vicente Orrico e nada mais.
Olhe ai o passeio no aeroporto(Campo de aviação)
Na sede, Poções, o ponto de visita era o açude com muita água... Campo de aviação... Sem avião... Só a escada!! Procissão das festas religiosas, carreatas nas festas de carnaval e até festa do umbu no “umbuzeiro”.
Certa feita com papai fui para a cidade de Jaguaquara- BA, e ai o carro, infelizmente, pifou!! , Voltamos para Jequié rebocados. OH dia!!
O resto do tempo foi só felicidade!! Passado o tempo o carro foi vendido para o Sr. Juvenal em troca de uma Vemaquet. Ai é outra história...

Turma da alegria.  Benevaldo,Fernando no comando, Eu, Eraldo,Siri, Eduardo, Rubens e...

Passeio interrompido. pequena batida que deixou a turma motivada para a foto.

3 comentários:

jose carlos leto disse...

Fantásticos, o texto e as fotos!!! Fiz uma viagem no tempo...Grande abraço!!

José Carlos Leto

franccosta disse...

Sempre gosto de ler estas histórias de Poções, apesar de ter morado por poucos meses, minhas férias sempre foram por lá, ou quase sempre, sou neto de seu Lôte, filho de Dourival e sobrinho de Otaniel , o alfaiate, Poções foi e é minha melhor lembrança, obrigado!

franccosta disse...

Sempre gosto de ler estas histórias de Poções, apesar de ter morado por poucos meses, minhas férias sempre foram por lá, ou quase sempre, sou neto de seu Lôte, filho de Dourival e sobrinho de Otaniel , o alfaiate, Poções foi e é minha melhor lembrança, obrigado!